HENRIQUE VIEIRA nasceu em 1987, em Niterói, Rio de Janeiro. Pastor da Igreja Batista do Caminho, ator, poeta, professor, ex-vereador e militante de direitos humanos, é formado em teologia, ciências sociais e história. É autor de O amor como revolução, publicado em 2019, Jesus da Gente, coautor de O monge e o pastor, com Marcelo Barros, em 2020, publicados pela Objetiva. O livro Sobre o amor, escrito em parceria com Monja Coen e Padre Julio Lancellotti, Editora Vozis Nobilis. Em 2023 lançou O Jesus negro: O grito antirracista da BÃblia, Editora Planeta. É deputado federal pelo PSOL.
1. Como você escreve, falando do seu processo de criação;
No meu processo de criação procuro sempre reservar um tempo, um espaço e primeiro escrevo muito espontânea e livremente a partir dos meus acúmulos, das minhas ideias, das minhas intuições, das minhas reflexões. Procuro não controlar esse primeiro momento de escrita. Ser algo mais espontâneo obviamente a partir de um objetivo definido, de um tema, aquilo que eu quero. Em um segundo momento, revisito o texto. Ai para fazer mais o refinamento, tanto gramatical e ortográfico, da coerência das ideias, o ritmo do texto, e também procuro não me pressionar muito.
Eu gosto de parar um pouco, ouvir uma música, tomar uma água, caminhar, me distrair, é uma disciplina, mas também gosto de ter uma flexibilidade.
2. Que obras literárias influenciaram sua carreira, sua vida;
Quarto de Despejo, da Carolina Maria de Jesus, eu me interesso muito por livros da área de ciência polÃtica, de teologia. (Tem um livro chamado) Deus dos Oprimidos, James H Cone. Gosto muito dos livros do Frei Beto, do Leonardo Boff, da Nanci Cardoso. É um tema que me interessa, a espiritualidade engajada, com sensibilidade humana, mediada pelo amor, pensando nos dramas do mundo e do nosso povo.
3. Só uma sugestão que você daria aos escritores iniciantes;
Confiança e leveza. Sem muita pressão. Tudo o que você precisa está dentro de você. É só buscar seu repertório de vida, dar asas a sua imaginação e com muito amor próprio escrever que as coisas vão fluir e ideias boas vão chegar para o mundo e para as pessoas.